sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Causos - Caronas (2)

Certa vez, no inicio os anos 80, eu ia para São Sebastião na véspera de um feriado.
Para variar, as passagens de São Paulo para São Sebastião tinham esgotado. Eram mais ou menos quatro da tarde, e achei que pegar um ônibus para São José dos Campos e de lá outro para o litoral era uma boa idéia.
Chegando perto de São José, eram cinco e pouco, mudei de tática, desci na Dutra e fui até o posto que fica no inicio da Tamoios. Todos que desciam para as Praias tinham que passar por lá (ainda não existia a Ayrton Senna).
Um rapaz, que desceu comigo, perguntou se eu achava fácil pegar carona ali.
Eu, com a maior naturalidade, disse que para mim, sim, pois conhecia muita gente que descia ou morava no litoral. Ele deve ter achado que eu era meio pretensioso.
Ele ficou logo na esquina e eu, um pouco mais à frente. Passaram-se alguns minutos, ele com o dedão para cima pedindo carona e eu na minha, só olhando os carros.
De repente, um Opala Preto, chapa da Assembléia Legislativa, pára. De dentro, sai o José Yunes que me chama para (infelizmente para o “colega” de carona) ocupar o último lugar no carro.
O que será que o cara deve ter pensado!
Muita sorte! Carona com carrão com ar condicionado e motorista.

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